Joaquim Noronha defende rigor máximo para combater a distribuição de drogas

O deputado Joaquim Noronha (PRP), em pronunciamento no tempo de liderança da sessão plenária desta terça-feira (25/04), declarou que tem plena consciência de que a segurança pública é uma questão difícil de ser solucionada e que reconhece o empenho tanto do Governo do Estado como do Governo Federal no combate ao tráfico de drogas. Mas disse que não consegue entender porque os governos não adotam uma medida simples, que pode ser bastante eficaz na luta contra o tráfico, que é a vigilância na distribuição das drogas.

Segundo o parlamentar, o tráfico de drogas é notório na cidade. “Em qualquer bairro de Fortaleza a população sabe quais são as ruas usadas pelo tráfico, sabe identificar até o carro utilizado pelo traficante”, afirmou. Ele ressaltou que traficantes se disfarçam de vigias, flanelinhas, vendedores de bombom para distribuir a droga e que são pessoas conhecidas da população. O parlamentar disse não entender por que não é feita uma fiscalização mais rigorosa nesses locais, como por exemplo, a Praia de Iracema, que  segundo ele, é o celeiro das drogas.

“Mas não é só Fortaleza, o Ceará todo está tomado pelo tráfico. Itapipoca, por exemplo, é um caso muito sério”, disse o parlamentar. “No Cariri, a situação não é diferente. Em Canindé até o um avião foi derrubado”, complementou.

Joaquim Noronha defendeu uma maior fiscalização na distribuição para evitar a comercialização das drogas. Para ele, se a polícia conseguir impedir a distribuição, os traficantes terão dificuldade para vender a droga.

O deputado também sugeriu à Secretaria de Segurança Pública que  monte uma força tarefa com policiais à paisana, colocando esses homens para comprar drogas e fazer os flagrantes. Ele disse que nos Estados Unidos, por exemplo, os policias do departamento de narcóticos vão às ruas à paisana e prendem o traficante na hora.

Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) criticou a decisão do ex-governador Cid Gomes de comprar carros, como Hilux, para colocar nas ruas. Para ele, essa atitude foi gasto e não investimento na segurança. Mesquita disse ainda que o modelo de combate à criminalidade utilizado por Cid Gomes foi um fracasso, pois produziu mais vítimas do que o Iraque, na época do ditador Saddam Hussein. Para ele, o que o que Cid Gomes fez foi gasto e não investimento.

Também em aparte, o deputado Mário Hélio (PDT) defendeu o ex-governador Cid Gomes. Ele disse que, naquela época, os investimentos foram corretos porque os carros da polícia estavam todos sucateados e eram necessários veículos resistentes para enfrentar a criminalidade. Hoje, os veículos Duster, da Renault, não são resistentes e vivem quebrados nas ruas. Ele reconheceu que o Ronda do Quarteirão não resolveu o problema, mas traz a sensação de segurança. De acordo com Mário Hélio, para buscar bandido nas ruas tem que ser com tanque de guerra, ou seja, veículos os mais resistentes possíveis, ressaltou ele.

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